sábado, 15 de novembro de 2008
A cidade do medo
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
O Mal do Século
- Há quanto tempo você usa drogas, e quando partiu para o crack?
“Eu uso desde quando tinha uns 9 anos. Comecei com a maconha, depois fui pro loló, e a uns três to na Pedra”.
- E há quanto tempo você mora na rua, e por quê?
“Sempre dormia na rua com meus amigos, fica um tempo fora depois voltava, quando tinha uns 11 anos fiquei de vez na rua. Em casa meu pai e minha mãe estavam sempre bêbados, brigando e me batendo. E eu era obrigado a pedir esmola para eles”.
- Como você consegue dinheiro para comer e se drogar?
“Eu quase nunca como... (risos), mas tem umas pessoas ai que me dão às vezes um prato de comida. Eu cuido de carro também ali no hospital, tudo o que eu recebo durante o dia, eu fumo a noite”.
- Você já roubou?
“Olha, não adianta eu mentir, já roubei e se precisar eu roubo de novo”.
- O que você roubou?
“haaa muitas coisas, rádio de carro, fio de luz, roupa de varal, foi tanta coisa que nem me lembro mais...”.
- E você já foi Preso?
“Me pegaram 5 vezes, mas como eu sou de menor não deu nada, só me bateram, e depois me levaram pro Conselho Tutelar”.
- Você pensa em largar as drogas?
“Não, ela é a única coisa que me dá prazer. A pedra tira minha fome e me deixa doidão, e também não dá pra largar assim. Todo mundo que conheço que fez tratamento, voltou para a pedra rapidinho”.
- O que você espera do futuro?
"Não espero muita coisa não, só quero viver o máximo que der e curtir.”
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Saiba mais sobre essa e outras drogas no site: http://www.antidrogas.com.br/
Homicídios em Alta
Veja os números:
Fonte: Brigada Militar
sábado, 25 de outubro de 2008
O Preço que se Paga
É comum ouvir dizer que a prostituição é o trabalho mais antigo do mundo. Na atualidade ela é responsável muitas vezes pelo sustento de famílias inteiras. Em São Leopoldo essa antiga profissão não para de crescer, é normal ver mulheres e travestis ganhando a vida nas ruas. Este emprego é uma espécie de comércio, e o produto à venda é o próprio corpo. As negociações do sexo ocorrem muitas vezes durante o dia, mas é a noite que as profissionais invadem a cidade.
Na Rua Saldanha da Gama, Centro, está localizada a Praça da Biblioteca. Durante o dia ela é repleta de crianças e pessoas que buscam sossego, mas a noite o cenário é outro. Travestis usam o espaço para prostituir-se e consumir drogas. Após o por do sol a população evita passar por lá, e o local ficou conhecido como “A Praça dos Travestis”.
O Bairro Rio dos Sinos é outro forte ponto de prostituição. Seus principais acessos, a Rua Dr. Hildebrandt e a Avenida Caxias do Sul, são constantemente procurados por homens que buscam prazer. O cenário é lotado por profissionais do sexo que trabalham dia e noite. As esquinas são disputadas pelas mulheres como se valessem de ouro.
Quem procura os serviços não pode reclamar da falta de opções, tem para todos os gostos. O lugar é rodeado por motéis baratos, o que facilita a prostituição. Praticamente todas usam drogas e bebem para aquentar o árduo trabalho, que começa cedo por volta das 11 horas, estendendo se até a madrugada. À noite o bairro torna se violento, o tráfico e o consumo de drogas aumentam, assim como os assaltos.
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